tag:blogger.com,1999:blog-53583681821200601412024-02-20T16:46:40.305-08:00In qualquer coisaMarlGirlhttp://www.blogger.com/profile/11719393276190309177noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-5358368182120060141.post-84924156656737780702009-10-30T09:13:00.000-07:002009-10-30T09:54:24.298-07:00Internet faz 40 anos<span id="SearchKey_Text1"> <span style="color: rgb(0, 0, 153);"> O aniversário de 40 anos da rede </span><span style="text-decoration: underline; color: rgb(0, 0, 153);"></span><span style="color: rgb(0, 0, 153);"> mundial de computadores, comemorado no dia 2 de setembro em referência aos cientistas da Universidade da Califórnia que, em 1969, trocaram informações entre dois computadores por meio de um cabo de cinco metros.</span><br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Y0pPfyYtiBc&hl=pt-br&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/Y0pPfyYtiBc&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br /><span style="color: rgb(0, 0, 153);"> </span></span><span style="color: rgb(0, 0, 153);" id="SearchKey_Text1">Entre as "outras" datas de aniversário da internet citadas pelo jornal britânico <span style="font-style: italic;">Telegraph</span> está, por exemplo, o dia 29 de outubro de 1969, quando uma mensagem foi enviada pela primeira vez entre dois computadores da Arpanet, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, para o Instituto de Pesquisas de Standford, em Palo Alto, também na Califórnia. Este facto marcou o verdadeiro lançamento do sistema de troca de dados da rede.<br /><br /> </span><span id="SearchKey_Text1"><span style="color: rgb(0, 0, 153);">Mas, o 1º de janeiro de 1983 é relembrado como o dia em que todos os computadores da rede Arpanet adotaram o protocolo TCP/IP, o padrão de comunicação online utilizado até hoje.</span><br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/He22EGXJOqI&hl=pt-br&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/He22EGXJOqI&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br /> <span style="color: rgb(0, 0, 153);">A </span><span style="font-style: italic; font-weight: bold; color: rgb(0, 0, 153);">Internet</span><span style="color: rgb(0, 0, 153);"> revela-se assim bastante importante nas nossas vidas, pois permite a troca de informações, dados e imagens de maneira facilitada; assim como a possibilidade de contacto com várias parte do globo, existindo desta forma uma maneira fácil de encontrar o que desejamos de maneira rápida e simples sem sairmos das nossas casas.</span><br /></span>MarlGirlhttp://www.blogger.com/profile/11719393276190309177noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5358368182120060141.post-50940637974676038332009-10-30T08:39:00.000-07:002009-10-30T08:45:57.420-07:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHcBjPI3aUsIQXXTs7cdyhrNQ-obV_YTMRVhJVHjfwMtv4CD5GEe_ViNZZ0dTNp0cgWBaV9lDwAQYCxNGizscKemiT5oqM518qIbLcqGyB0Zze3Z5QthYlVvWYxv7UpZdJzil7bdyYbXvZ/s1600-h/_PICT5801+%284%29.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 132px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHcBjPI3aUsIQXXTs7cdyhrNQ-obV_YTMRVhJVHjfwMtv4CD5GEe_ViNZZ0dTNp0cgWBaV9lDwAQYCxNGizscKemiT5oqM518qIbLcqGyB0Zze3Z5QthYlVvWYxv7UpZdJzil7bdyYbXvZ/s200/_PICT5801+%284%29.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5398419603188775762" border="0" /></a><br /><br /><br /><div style="color: rgb(51, 51, 153);" class="entry"> <p>Norte como ele é… [visto por Miguel Esteves Cardoso (Lisboeta)]<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkeFdhB11jKezZAlMrLZmticlQF_MhwyFTDDfP6gA4B_8AaGvuPTG_s1iV_RuulufsCQCmF4pgLivjDLHM73xxlsrS_YI9_A5yk_u9Xp3DozwrvzJ1YT1eYhA59LGDOGxWSfckpRYvEi0C/s1600-h/357182.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkeFdhB11jKezZAlMrLZmticlQF_MhwyFTDDfP6gA4B_8AaGvuPTG_s1iV_RuulufsCQCmF4pgLivjDLHM73xxlsrS_YI9_A5yk_u9Xp3DozwrvzJ1YT1eYhA59LGDOGxWSfckpRYvEi0C/s200/357182.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5398419596261209874" border="0" /></a></p> <p><strong>E VIVA O</strong><strong> NORTE</strong></p> <p><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhlRTZRkVIiIhXzldgDkMrVoLXBTD5NHiohLUbQOzVOK4r5PR6pjIYXpv1hd7cSVfGVf0_3H6wYgIurSIPjusxqQGBunSQ-JCGkdaeDSDxnUtQ0pE7y2hb4AYGcV19nfGly21rsMtnmiNF/s1600-h/13045740.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhlRTZRkVIiIhXzldgDkMrVoLXBTD5NHiohLUbQOzVOK4r5PR6pjIYXpv1hd7cSVfGVf0_3H6wYgIurSIPjusxqQGBunSQ-JCGkdaeDSDxnUtQ0pE7y2hb4AYGcV19nfGly21rsMtnmiNF/s200/13045740.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5398419592622073058" border="0" /></a>Primeiro, as verdades.</p> <p>O Norte é mais Português que Portugal.<br />As minhotas são as raparigas mais bonitas do País.<br />O Minho é a nossa província mais estragada e continua a ser a mais bela.<br />As festas da Nossa Senhora da Agonia são as maiores e mais impressionantes que já se viram.</p> <p>Viana do Castelo é uma cidade clara. Não esconde nada. Não há uma Viana secreta. Não há outra Viana do lado de lá. Em Viana do Castelo está tudo à vista. A luz mostra tudo o que há para ver. É uma cidade verde-branca.<br />Verde-rio e verde-mar, mas branca. Em Agosto até o verde mais escuro, que se vê nas árvores antigas do Monte de Santa Luzia, parece tornar-se branco ao olhar. Até o granito das casas.</p> <p>Mais verdades.<span id="more-4240"></span></p> <p>No Norte a comida é melhor.<br />O vinho é melhor.<br />O serviço é melhor.<br />Os preços são mais baixos.<br />Não é difícil entrar ao calhas numa taberna, comer muito bem e pagar uma ninharia.</p> <p>Estas são as verdades do Norte de Portugal.<br />Mas há uma verdade maior.<br />É que só o Norte existe. O Sul não existe.<br />As partes mais bonitas de Portugal, o Alentejo, os Açores, a Madeira, Lisboa, et caetera, existem sozinhas. O Sul é solto. Não se junta.<br />Não se diz que se é do Sul como se diz que se é do Norte.<br />No Norte dizem-se e orgulham-se de se dizer nortenhos. Quem é que se identifica como sulista?</p> <p>No Norte, as pessoas falam mais no Norte do que todos os portugueses juntos falam de Portugal inteiro.<br />Os nortenhos não falam do Norte como se o Norte fosse um segundo país.<br />Não haja enganos.<br />Não falam do Norte para separá-lo de Portugal.<br />Falam do Norte apenas para separá-lo do resto de Portugal.</p> <p>Para um nortenho, há o Norte e há o Resto. É a soma de um e de outro que constitui Portugal.<br />Mas o Norte é onde Portugal começa.<br />Depois do Norte, Portugal limita-se a continuar, a correr por ali abaixo.<br />Deus nos livre, mas se se perdesse o resto do país e só ficasse o Norte, Portugal continuaria a existir. Como país inteiro. Pátria mesmo, por muito pequenina. No Norte.</p> <p>Em contrapartida, sem o Norte, Portugal seria uma mera região da Europa.<br />Mais ou menos peninsular, ou insular.<br />É esta a verdade.</p> <p>Lisboa é bonita e estranha mas é apenas uma cidade. O Alentejo é especial mas ibérico, a Madeira é encantadora mas inglesa e os Açores são um caso à parte. Em qualquer caso, os lisboetas não falam nem no Centro nem no Sul – falam em Lisboa. Os alentejanos nem sequer falam do Algarve – falam do Alentejo. As ilhas falam em si mesmas e naquela entidade incompreensível a que chamam, qual hipermercado de mil misturadas, Continente.</p> <p>No Norte, Portugal tira de si a sua ideia e ganha corpo. Está muito estragado, mas é um estragado português, semi-arrependido, como quem não quer a coisa.<br />O Norte cheira a dinheiro e a alecrim.<br />O asseio não é asséptico – cheira a cunhas, a conhecimentos e a arranjinho.<br />Tem esse defeito e essa verdade.</p> <p>Em contrapartida, a conservação fantástica de (algum) Alentejo é impecável, porque os alentejanos são mais frios e conservadores (menos portugueses) nessas coisas.</p> <p>O Norte é feminino.<br />O Minho é uma menina. Tem a doçura agreste, a timidez insolente da mulher portuguesa. Como um brinco doirado que luz numa orelha pequenina, o Norte dá nas vistas sem se dar por isso.<br />As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos verdes-impossíveis, daqueles em que os versos, desde o dia em que nascem, se põem a escrever-se sozinhos.<br />Têm o ar de quem pertence a si própria. Andam de mãos nas ancas. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Olho para as raparigas do meu país e acho-as bonitas e honradas, graciosas sem estarem para brincadeiras, bonitas sem serem belas, erguidas pelo nariz, seguras pelo queixo, aprumadas, mas sem vaidade. Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da aneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito.</p> <p>Gosto das pequeninas, com o cabelo puxado atrás das orelhas, e das velhas, de carrapito perfeito, que têm os olhos endurecidos de quem passou a vida a cuidar dos outros. Gosto dos brincos, dos sapatos, das saias. Gosto das burguesas, vestidas à maneira, de braço enlaçado nos homens. Fazem-me todas medo, na maneira calada como conduzem as cerimónias e os maridos, mas gosto delas.</p> <p>São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem. As mulheres do Norte deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer.</p> <p>Em Viana, durante as festas, são as senhoras em toda a parte.<br />Numa procissão, numa barraca de feira, numa taberna, são elas que decidem silenciosamente.<br />Trabalham três vezes mais que os homens e não lhes dão importância especial.<br />Só descomposturas, e mimos, e carinhos.</p> <p>O Norte é a nossa verdade.</p> <p>Ao princípio irritava-me que todos os nortenhos tivessem tanto orgulho no Norte, porque me parecia que o orgulho era aleatório. Gostavam do Norte só porque eram do Norte. Assim também eu. Ansiava por encontrar um nortenho que preferisse Coimbra ou o Algarve, da maneira que eu, lisboeta, prefiro o Norte. Afinal, Portugal é um caso muito sério e compete a cada português escolher, de cabeça fria e coração quente, os seus pedaços e pormenores.</p> <p>Depois percebi.</p> <p>Os nortenhos, antes de nascer, já escolheram. Já nascem escolhidos.<br />Não escolhem a terra onde nascem, seja Ponte de Lima ou Amarante, e apesar de as defenderem acerrimamente, põem acima dessas terras a terra maior que é o “O Norte”.<br />Defendem o “Norte” em Portugal como os Portugueses haviam de defender Portugal no mundo. Este sacrifício colectivo, em que cada um adia a sua pertença particular – o nome da sua terrinha – para poder pertencer a uma terra maior, é comovente.</p> <p>No Porto, dizem que as pessoas de Viana são melhores do que as do Porto.<br />Em Viana, dizem que as festas de Viana não são tão autênticas como as de Ponte de Lima.<br />Em Ponte de Lima dizem que a vila de Amarante ainda é mais bonita.</p> <p>O Norte não tem nome próprio. Se o tem não o diz. Quem sabe se é mais Minho ou Trás-os- Montes, se é litoral ou interior, português ou galego? Parece vago. Mas não é. Basta olhar para aquelas caras e para aquelas casas, para as árvores, para os muros, ouvir aquelas vozes, sentir aquelas mãos em cima de nós, com a terra a tremer de tanto tambor e o céu em fogo, para adivinhar.</p> <p>O nome do Norte é Portugal. Portugal, como nome de terra, como nome de nós todos, é um nome do Norte. Não é só o nome do Porto. É a maneira que têm e dizer “Portugal” e “Portugueses”. No Norte dizem-no a toda a hora, com a maior das naturalidades. Sem complexos e sem patrioteirismos. Como se fosse só um nome. Como “Norte”. Como se fosse assim que chamassem uns pelos outros. Porque é que não é assim que nos chamamos todos?».</p> <p style="text-align: right;"><em> Miguel Esteves Cardoso</em></p> </div>MarlGirlhttp://www.blogger.com/profile/11719393276190309177noreply@blogger.com0